Diego Costa perguntou há 4 semanas

Paciente, mulher, 32 anos, com IMC de sobrepeso, alergia a Bálsamo do Peru e a níquel, intolerância à lactose, refluxo, gastrite e SOP. Passou por uma intervenção alimentar, teve uma melhora na relação com a gastrite e o refluxo, e foi orientada a não consumir mais alimentos com lactose. Obtivemos um grande avanço com o emagrecimento, gastrite e refluxo, mas, após quatro meses, ela começou a ter diarreia e cocô pastoso pela manhã. O que pode ser?

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Especialista em Nutrição Dietbox Staff respondeu há 5 dias

Olá, Diego. 
 
Diante do quadro da paciente, podemos pensar em algumas possíveis associações que podem estar causando os sintomas descritos. Abaixo você encontra algumas considerações para te auxiliar na conduta do caso: 
 
A presença de SOP pode ser um fator de risco para a Síndrome do Intestino Irritável (SII), já que existe uma associação significativa com o aumento das chances de desenvolvimento dessa condição em pacientes com SOP. Como a paciente apresenta diarreia e fezes pastosas pela manhã, é interessante considerar essa hipótese, pois são sintomas característicos da SII. 
 
Além disso, tanto pela SII quanto pelas restrições alimentares às quais a paciente possa estar submetida, é possível considerar um quadro de disbiose intestinal, visto que a diarreia é um sintoma bastante comum. 
 
Para essa paciente, o registro alimentar pode auxiliar na identificação de alimentos que estão desencadeando os sintomas, por exemplo, alimentos ricos em FODMAPs. A partir da identificação desses alimentos, é interessante modular a dieta, com restrição ou exclusão estratégica desses componentes, conforme resposta clínica. 
 
Também é importante considerar a possibilidade de alterações na dieta ou exposição a alimentos e água contaminados, já que as causas podem ter origem parasitária ou infecciosa.
 
O registro alimentar pode, ainda, ajudar a identificar se a paciente está consumindo alimentos ricos em níquel ou utilizando utensílios que contenham o metal em sua composição. 
 
Por fim, caso os sintomas persistam é fundamental encaminhar a paciente a um médico gastroenterologista. 
 
Na aba Academy você encontra diversos materiais, como cursos sobre saúde intestinal, que podem auxiliar ainda mais na sua conduta. 
 
Referências: 

  1. WEI, Zihan; CHEN, Zuhui; XIAO, Wenjing; et al. A systematic review and meta-analysis of the correlation between polycystic ovary syndrome and irritable bowel syndrome. Gynecological Endocrinology, v. 39, n. 1, 2023.
  1. VANDENPLAS, Yvan; HUYS, Geert ; DAUBE, Georges. Probiotics: an update. Jornal de Pediatria (Versão em Português), v. 91, n. 1, p. 6–21, 2015.
  1. 3. Mahan, L. Kathleen. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
Jasmyne Santos de Amorim Bento respondeu há 3 semanas

Olá Diego. Algumas questões para serem avaliadas: 1- Qual a última vez que a paciente utilizou um Vermífuga? 
2-Paciente vem com histórico de diarréia a quanto tempo?
Minha conduta seria fazer alguns exames de sangue e de fezes, fazer um diário alimentar com a paciente para ver se ela está com alguma outra intolerância e encaminhar para um gastro.
 

Diego Costa respondeu há 3 semanas

encaminhamento para o gastro foi feito.
Nunca utilizou vermifuga, diarreia a 20 dias mas so no periodo da manha, estou aguardando o resultado dos exames 
 

Giovana Fanhani Tessaro respondeu há 3 semanas

Olá Diego!
Avalie a quantidade de gordura/lipídeos nas refeições da noite e café da manhã. Diarréia ou fezes pastosas persistente podem indicar colecistite. 
Verifique se ela sente dor na região abdominal. Encaminhe a um médico de postinho e posterior cirurgião. 

Isabel Mol dos Santos Gonçalves respondeu há 2 semanas

Pacientes que apresentam alergias pode ser interessante retirar todo alergenico corantes , ovo , amendoim e principalmente o gluten, faça o teste por 15 dias e avaelie os resultados e introduza um por vez para identificar a sensibilidade .